Marcos Azambuja, que foi negociador do
Brasil na ECO-92, alerta que resultados da conferência de junho podem
ficar à sombra da crise financeira
Ineficiente, cara, burocrática, lenta. Ainda assim, absolutamente
indispensável. Dessa forma, o embaixador Marcos Castrioto de Azambuja
diplomaticamente critica e defende a mais representativa e importante
instituição internacional. "A ONU é a cara do mundo", resume. Para ele,
as Nações Unidas e a diplomacia internacional precisam encontrar o ponto
de equilíbrio entre o alarmismo de ambientalistas mais radicais e o
ceticismo político, que atrasam os acordos necessários para a
preservação do meio ambiente. Foi ele o negociador-chefe do Brasil para a ECO-92, função que, na Rio+20, cabe ao embaixador André Aranha Corrêa do Lago.
Azambuja acredita que o momento histórico não é favorável para a
reedição da conferência que há 20 anos reuniu 108 chefes de estado no
Rio de Janeiro. A Rio+20, prevê, será limitada pela conjuntura da crise
econômica mundial e não terá o mesmo nível de participação da
antecessora. Aos 77 anos, aposentado do Itamaraty, continua ativo na
busca de consenso internacional, participando de reuniões de ‘think
tanks’ em todo o mundo. Atua como conselheiro do Centro Brasileiro de
Relações Internacionais (Cebri) e como consultor independente. Em
entrevista ao site de VEJA, o embaixador relembrou as negociações que
colocaram o Brasil no centro do mundo durante a ECO-92. A importância
brasileira nesses 20 anos cresceu. E não só porque a economia brasileira
aumentou em volume. "Somos suficientemente ricos para entender os ricos
e suficientemente pobres para entender os pobres. Temos a capacidade
existencial de compreender o que está em jogo", avalia.
Grupo 3
Grupo 3
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe sua mensagem aos alunos que trabalham neste blog...